VERSOS

 




 
TODO DIA É DIA DO LEITOR
                Lucarocas Escritor
 
Para o dia do leitor
Tenha livro em companhia
No coração traga amor
Com lume de poesia
E na leitura demore
Para que não comemore
Somente por esse dia.
 
Toda forma de leitura
Faz o leitor viajar
Em diferente aventura
E ir pra qualquer lugar
E geralmente ela acalma
E traz pureza pra alma
Num jeito bom de calar.
 
Não importa o que for lido
E nem qual seja o autor
Pois só existe um sentido
Se existir um leitor
Mas que mensagem colhida
Seja pro bem repartida
Na sementeira do amor.
 
Motive alguém sempre a ler
Com carinho e com ternura
Pois o bem do conhecer
Encontrado na leitura
Aumenta o conhecimento
Desperta discernimento
E traz elevo à cultura.
 
Que em toda leitura feita
Se colha o melhor sabor
Que dela venha a receita
De vida com mais amor
E nesse bem faça trocas
Como faz o Lucarocas
Em sua arte de escritor.
 
Fortaleza, 07 de janeiro de 2021.
 
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O NATAL DO MEU MENINO

Lucarocas Escritor

 

No Natal do meu menino

Não existia presente

Somente o soar do sino

De maneira diferente

Imitando uma canção

Que marcava a solidão

No viver de muita gente.

 

No menino aquela noite

A solidão existia

Soprando o vento em açoite

Todo seu corpo tremia

E seu brilho de criança

Era tristeza em lembrança

Da fome que ele trazia.

 

O fosco do olhar tristonho

Não dava brilho ao olhar

E as cores do seu sonho

Não conseguia enxergar

Mas via com a sua calma

Numa ternura de alma

Um coração a brilhar.

 

E nele via uma luz

Num colorido clarão

Num instante viu Jesus

Lhe puxando pela mão

E em brilho celestial

Foi desenhando um Natal

No meio da escuridão.

 

Desenhou com esplendor

O dom da fraternidade

Toda benção que o amor

Traz pra toda humanidade

E pintou em sua vida

Uma estrada colorida

Cheia de felicidade.

 

Lhe mostrou que o atalho

Nem sempre é melhor caminho

E que o suor do trabalho

Sempre fortalece o ninho

E que existem nas flores

O brilho de muitas cores

Com proteção do espinho.

 

Uma família mostrou

Na mais perfeita harmonia

Também ali lhe indicou

Todo bem que ela fazia

E terminou lhe dizendo

Siga em frente e vá fazendo

Tudo aquilo que queria.

 

Mostrou caminho e estrada

Em diversa direção

Mas disse que a pisada

Só deixa marca no cão

Se o caminho for feito

Com o amor e respeito

Que brota do coração.

 

Lhe mostrou muita ciência

No seu livro do saber

E com muita paciência

Lhe disse para escolher

Pois a que fosse escolhida

Seria pra toda vida

O seu modo de viver.

 

E ali aquele menino

Toda ciência reparte

Escolhe pro seu destino

Desse todo a melhor parte

E vai então escolher

A razão do seu viver

Numa ciência de arte.

 

Depois daquele momento

Uma escuridão se deu

Não havia mais lamento

Só brilho no olhar seu

E uma voz que acalma

Lhe disse na sua alma

Que esse menino era eu.

 

E assim mais um Natal

A Deus venho agradecer

Por meu sonho ser real

No que busquei pra viver

E só gratidão em trocas

Por me tornar Lucarocas

Na minha Arte de Ser.

 

Fortaleza, 05 de dezembro de 2021.

 

 

 

 


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O QUERER DO CAMINHAR

Lucarocas Escritor

 

Já sinto as pernas cansadas

E o meu corpo tremendo

Já bambeio nas passadas

Não sigo o que estou querendo

Sentindo mancha no olhar

Já não sei mais destacar

Aquilo que estou vendo.

 

A minha respiração

Está um tanto ofegante

Já sinto o meu coração

Bater lento a cada instante

Sinto na alma um vazio

Por vezes um calafrio

Me ataca num rompante.

 

Até mesmo o paladar

Não me deixa mais sabor

Quando tento respirar

O ar é sufocador

Já não consigo engolir

E se tento me bulir

Meu corpo é somente dor.

 

O meu semblante é tristeza

A minha alma é vazia

Já não encontro a beleza

Naquilo que existia

Sinto a dor no coração

Daquelas que é solidão

E pura melancolia.

 

Trago um vazio na mente

Na alma e no coração

Me tornei um ser doente

Sem força sem emoção

Somente por fraquejar

E totalmente entregar

Às dores da depressão.

 

Nem para ficar de pé

Diante dos dias meus

Pois me sentia sem fé

Qual o maior dos ateus

E do jeito que estava

Eu até que duvidava

Da existência de Deus.

  

Com esse sonho que tive

Eu acordei mais disposto

Muito mais vivo mantive

O sorriso do meu rosto

Agradeci mais um dia

E fui viver com alegria

Dando a vida o melhor gosto.

 

As pernas fortaleci

Para seguir a jornada

Novamente agradeci

Pela nova caminhada

Senti um brilho no olhar

E passei a admirar

A vida em cada passada.

 

Respirei um novo ar

Aproveitei o instante

E nesse meu respirar

Fui seguindo a vida avante

Sentindo meu coração

Bater com mais emoção

Num ritmar mais constante.

 

Comi a melhor comida

Sentindo dela o sabor

Fui saborear a vida

Em todo seu esplendor

Em tudo que degustava

Bem ali eu encontrava

Toda pureza do amor.

 

Na mente o meu pensamento

Era cheio de bondade

De todo agradecimento

Por viver em liberdade

E por estar com saúde

E toda minha atitude

Ser só de felicidade.

 

Sai da acomodação

Fui a vida aproveitar

Em preces e oração

Fui a vida festejar

Em todos os atos meus

Somente agradeço a Deus

O querer do caminhar.

 

Fortaleza, 06 de dezembro de 2021

 

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A DESCORTESIA DO DONO DO CAMPO

Lucarocas Escritor

 

Um certo dia a cultura

Com o povo quis jogar

Chamou a literatura

Para o seu time formar

Mas teve dificuldade

Pra com sua habilidade

No jogo se apresentar.

 

Difícil foi o espaço

Pra tal realização

Foi uma queda de braço

Pra buscar a locação

Pois nenhum espaço havia

Pra fazer naquele dia

A grande apresentação.

 

Mas um “amigo da arte”

Ofereceu um local

Da grande casa uma parte

Do prédio lá no final

Onde o time da cultura

Junta com a literatura

Tinha jogo teatral.

 

Marcada a hora e o dia

Todo time foi formado

Pro grupo da poesia

Poeta tinha um bocado

E pro time do cordel

Tinha muito menestrel

Para dar o seu recado.

 

Foi feita a homenagem

Para um vulto popular

Teatralizando imagem

Em sua história a contar

E o jogo continuava

Um a um se apresentava

Ocupando o seu lugar.

 

Até que em certo instante

Mudando a apresentação

Subiu no palco em rompante

Um sem graça cidadão

Que com inveja ou ciúme

Invade o campo e assume

A nova programação.


Do espaço se diz dono

Que ele é que é o tal

Se sentindo rei no trono

Faz o seu comercial

No jogo fez um atalho

Pra mostrar o seu trabalho

No espaço teatral.

 

Um artista criticou

Pra mostrar sua mestria

E pensando que agradou

Com a fala que fazia

Findou a sua intrusão

Fazendo a declamação

De um texto em poesia.

 

Para o jogo não parar

E a arte resistir

Foram então continuar

Todo palco dividir

Mas com aquela intervenção

Quem estava no salão

Já começava a sair.

 

E o que pensava ser dono

De toda aquela estrutura

Viu ficar em abandono

Uma festa de cultura

Que foi o povo deixar

De poder apreciar

A arte em literatura.

 

E é assim que a história

Da cultura se escreve

Na lembrança da memória

Só se guarda o que se deve

E com certeza esse dia

Se guarda na poesia

De quem escrever se atreve.

 

E do jogo da cultura

Se tira grande lição

Pra se buscar estrutura

Pra uma apresentação

Escolher melhor o campo

Sem ninguém colocar grampo

Mudando a programação.

 

Fortaleza, 19 de dezembro de 2021

 

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Lucarocas a Arte de Ser

(85) 94497.4497

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